domingo, 4 de dezembro de 2011

À guisa de uma despedida

Poxa, Magrão, por que se foi assim tão cedo??
De todas as vezes que você foi internado eu sempre achava que você ia se sair bem. Sei lá, apesar de acharem que sou um tanto cética e pessimista, acredito que pessoas imprescindíveis vão viver por muito tempo, exatamente por fazerem a diferença, por estarem sempre desafinando o coro dos contentes...
Mas confesso que no fundo não me agradava ter que te ver doente, saber que mesmo após um transplante você não poderia mais nem tomar a cerveja que tanto gostava...
Ah, Magrão, você me proporcionou um dos momentos mais felizes durante o período em que cursei a faculdade de direito, te conhecer, sentar na mesa de bar contigo, tomar várias cervejas, conversar sobre política, futebol e até dançar forró...definitivamente essa história de uma vida careta não tinha muito a ver com você...
Além de tudo, se eu gosto tanto de futebol até hoje, você é um dos responsáveis por isso, pela sua postura dentro e fora dos gramados, pela sua inteligência, pelo seu jeito sincero e contestador.
Mas e agora, quem vai continuar a sua luta??Quem vai ser a dor de cabeça para Ricardos Teixeiras, Andrés Sanchez e outros tantos?? Quem vai escrever com tanta elegância e tanta contundência sobre as mazelas do nosso futebol?? Quem vai ter a sua coragem para continuar incomodando??
Como já foi falado em uma das muitas das homenagens que te fizeram, você morreu de tanto viver, mas apesar de saber disso, queria que tivesse vivido mais...
E como não dá para parar o tempo e te trazer de volta, só tenho uma coisa a dizer:
Porra, Magrão, você conseguiu o impossível, fazer com que eu torcesse ao menos uma vez na vida pelo Corinthians, só para satisfazer o seu desejo de morrer em um domingo e com o Corinthians campeão...
E quem sabe essa vida seja só uma passagem e um dia nos encontraremos novamente...
Adeus, Magrão e obrigada por ter existido!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário