sábado, 28 de fevereiro de 2009

Da série de coisas não ditas e que um dia serão esquecidas:

Você é minha droga
Paixão e carnaval

...ah, sim, com os devidos créditos, versos emprestados de Caetano


Sozinha no quarto, ouvindo os velhos discos de Noel, ela chorava. Lembrava do velho amor que acabara sem foguete, retrato ou bilhete nas cinzas de uma quarta-feira chuvosa. Teria ela um último desejo, aquele não realizado pelos tortuosos caminhos de seus corações, que aquela altura já estavam petrificados pela dor, pelo medo e pelo escuro das noites sombrias, porém, não estava mais disposta em realizá-lo.

Lembrou-se do começo, dos antigos carnavais, daqueles que nenhuma quarta-feira de cinzas conseguiu apagar. Nesse momento, lembrou-se de Vinicius e sua marcha de quarta-feira de cinzas. Lembrou-se que há tanto amor por aí sem que saibamos, lembrou-se que a tristeza há de se acabar um dia e que era sempre preciso cantar a esperança.

Então ela resolveu se levantar, desligar o som, enxugar as lágrimas e sair em busca de outros carnavais. O que ainda não foi dito é que ao sair em busca de seu próprio canto ela buscava reconstruir a sua própria história. Por um momento hesitou, mas a escolha já havia sido feita, não havia mais como voltar. Foi aí que ela partiu, sem nenhum tipo de medo e especialmente sem olhar para trás.

Recomeçando

Ano novo, espaço novo...novo porque todos sabemos que por essas terras o ano só começa mesmo depois do carnaval...

Mas se há pessoas que gostam de saber o que se passa por uma mente insana, já aviso que ainda encontrarão por aqui resquícios da festa de momo...

Então, entrem e fiquem à vontade!!!